quarta-feira, 27 de abril de 2011

Delírios matinais

Conheço quase tudo ali: a curva do polegar direito, as unhas vermelhas e curtas, o jeito de dançar, tipo estou muito louca e quero fritar os pés na pista, a altura do cabelo no ombro, a roupa colorida, o pano com bolinhas na cabeça E esse jeito de colocar a mão no nariz, a risada exagerada, o bocejar com gritinho, o jeito como esfrega os olhos de sono. Os olhos de ressaca. O modo de andar meio de joelhos tortos, a orelha mole, o hálito inconfundível e o cheiro da nuca. O abraço, os seios rígidos, as pintas...

Mas, não passava de ficção, sonhos, dejavus e tudo aquilo que ainda estava impregnado lá dentro, bem fundo, no meu corpo.

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