quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Post #13: Dos clipes e discos


Hoje, alguns amigos compartilharam conteúdos, dos quais puxo pra cá.

De uma opinião forte minha acerca do novo disco do Arctic Monkeys "Suck It See", ouvi-o novamente e voltei atrás, depois do comentário do Gustavo Pado. Mas ainda sinto falta do rock dançante, dos solos simples, curtos e arrepiantes e daquela vontade de dançar, como no segundo álbum do quarteto. Ainda assim, temos pontos altos neste quarto disco, como em "Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair":





O mesmo Gustavo mostrou-me o Death From Above 1979,  que eu nunca tinha ouvido nem falar e curti.
"Infelizmente, a banda acabou mas eles voltaram agora para fazer tour e, parece, que vai sair álbum novo;
o disco de estréia deles não tem uma música ruim, é tudo com pegada". Dica de mestre do Gustavo e de quebra o link para download da bolacha em questão.





Por fim, um artista que eu desconhecia: o Black Keys que a Aline indicou, inclusive com o link pra baixar o álbum "El Camino" na íntegra.
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Metalinguagem: Essa rede de comunicação amplia e amplifica o conhecimento, a troca e o compartilhamento como sabemos. Até quando vai ser assim livre? A última década sugeriu um movimento de ressignificação da cadeia produtiva da música no Brasil e no mundo. Hoje, extrapoladas as barreiras do entretenimento, sua apreciação está ligada a uma série de contextos políticos, econômicos, culturais e sociais que envolvem e sempre envolveram atores sociais diversos, tais como, músicos, produtores, públicos, críticos e consumidores. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Post #12: "Nu Steps"

Esse mês, o quarteto paulista Lavoura lançou o seu terceiro disco oficial: "Nu Steps". Escrevi uma resenha do álbum após ver o show no último sábado na capital SP.




Depois do preparo da terra para fazer a semeadura (processo conhecido como lavoura), o broto vingou, a planta cresceu gerando os galhos e folhas (discos) e agora o quarteto Lavoura parece colher o fruto: o seu novo álbum “Nu Steps“ amadureceu e já pode ser desfrutado. As oito faixas fundem justamente o tom diferencial da banda: a capacidade de mesclar dub, samba, jazz, eletrônico, dubstep, samples e efeitos, criando ambientes oníricos, dançantes e densos, composto por camadas que dialogam num universo urbano, das máquinas, dos ruídos, mas também com paisagens mais “calmas” e bucólicas.


Leia a resenha na íntegra no site da Música Fora do Eixo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Post #11: Frases

Do que vivi hoje.

Vender o almoço pra pagar a janta coletiva tá todo mundo tendo que se virar e unido porque seu corre é meu corre.

A horizontalidade está nos olhos e no caráter.
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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Post #10: cruzando caminhos

(esse é para os mais íntimos)
Imaginem que na primeira Noite Fora do Eixo em Bauru, eu estava em outra cidade. Imaginem a agonia do ser. De gtalk em gtalk eu descobria como a noite estava indo. Eram 3 bandas incríveis: Porcas Borboletas, Aeromoças e Tenistas Russas e The Baggios. Não estou com vontade de procurar e inserir os links agora.

Hoje, re-encontrei a dupla The Baggios. Re-encontrei-os no palco também. Como a gente cresceu. Faz só pouco mais de um ano e meio. Eles acabaram de tocar no V Festival Contato, têm um belo site, camisetas lindas e um CD cheio. Nós estamos na 24ª Noite Fora do Eixo, acumulando mais de 200 bandas que passaram por terras bauruenses. Não vou me estender. É só (a memória e) o brinde mesmo.







M
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Metalinguagem: A ideia era fazer um post sobre este videoclipe que tem uma narrativa incrível. Mas, como ele tem restrição de embed, não deu.

sábado, 19 de novembro de 2011

Post #09: pesquisa musical

Passei a semana baixando pesquisando discos, a maioria nacional. As exceções são também álbuns fresquinhos: Tom Waits, "Bad As Me" e o duplo do R.E.M, um registro histórico da carreira: de 1982 a 2011. O Waits me surpreendeu bastante pelo rock diferenciado e sua voz bluseira.

Bixiga 70, bandassa, certamente vai se apresentar bastante em 2012

Da terra brasuca, re-baixei os discos do Hurtmold (todos e mais um pouco), banda emblemática do início do século que despontou como uma das grandes instrumentais do país, título que vai carregar por bastante tempo, creio.



Passei por Juliana R., o novo do Cansei de Ser Sexy, "La Liberation" (que tem essa música acima), o (pesado) EP do Huey, outra ótima banda instrumental. O último - e altamente recomendado - é o Bixiga 70, que conta com músicos do Projeto Nave e acabou de vir ao mundo e consegue conectar jazz, afrobeat, groove e rock.

Comenta depois o que achou dos discos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Post #08: Ideias Perigosas II

Do embate de opiniões que relatei ontem aqui neste blog, vários outros acontecimentos se passaram na timeline do Twiter e, mais do que isso, como propôs o próprio China, fomos além dos 140 caracteres. Nos dois últimos dias o debate seguiu quente, China deu sua opinião no Fora do Eixo longe de mim, questionando (desde 2007) que o Fora do Eixo não paga cachê, entre outros. Papo de quem não conhece, minimanente, o movimento e a cena da qual está (?) inserido. Faço parte do Fora do Eixo, trabalho diariamente com produção cultural e, por isso, nem preciso falar por terceiros, falo por mim mesmo: produzo o Festival CANJA, além das Noites Fora do Eixo em Bauru e sim, nós pagamos cachês e o que mais for combinado, não tem surpresa, não tem essa, não sabe, não fala. Mais de 150 bandas já se apresentaram. Dentre elas: Emicida, Slim Rimografia & Thiago Beats, The Name, The Vain, Chimpanzé Club Trio, Leptospirose, Nevilton, Eu Serei a Hiena...

Outro ponto que China cita é sobre uma turnê de 30 dias de uma banda que não cita. China conta que:

Uma banda (que não cita­rei o nome) disse que fez uma turnê pelo FDE. Quase 30 shows. Desses quase 30, ape­nas 3 ou 4 tive­ram cachê (que foram pagos pelos sescs onde eles se apre­sen­ta­ram). Os outros 20 e tan­tos foram em luga­res que não tinham a menor estru­tura para se apre­sen­tar. Som de pés­sima qua­li­dade e equipe inex­pe­ri­ente. Sem falar no público de menos de 25 pes­soas… numa quinta-feira, e no inte­rior sei lá de onde...

Só vale se for mais de 1 mil pessoas então?
Em Bauru, também recebemos essa mesma turnê, lotamos a casa, o som estava excelente e todos saíram muito felizes e satisfeitos da cidade. Tanto que, nesta ocasião, as duas bandas voltaram para o palco e tocaram até o dono da Casa acender a luz. Veja como foi e perceba que a colocação de China é inverosímil. 


Todos os demais pontos que China comenta estão bem expostos no artigo de Atílio Alencar: Fora do Eixo, mas perto de tod@s, uma visão lúcida, argumentativa e reflexiva, ao mesmo tempo. Outro contraponto interessante, que começa pela abordagem da moeda complementar Cubo Card é do guitarrista da banda Macaco Bong, Bruno Kaiapy: Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim

Ou ainda, de maneira mais breve, com recortes do twitter, onde tudo começou:


@FocadoSol Somos da @abrafin, trabalhamos com o FDE e o @festivaldosol tem 8 edições. Algum músico já veio aqui não tenha recebido o combinado?

@Fabricio_Nobre em goiania todos os festivais da #ABRAFIN de uma maneira ou outra pagam cachês para todas as bandas...

@Fabricio_Nobre em goiânia temos 3 ou 4 casas funcionando pelo menos 3 dias por semana que pagam bilheteria ou cachê e tem ótimo equipamento...

@DanielGanjaman: @luciomaia_ Cara, toquei em 3 festivais do FDE esse ano. Público de 6000 a 10.000 pessoas, equipamento bom, hotel bom e muita boa vontade.

@Emicida Tenho uma parceria de alguns anos com o FDE, distribuo meus trabalhos e faço shows (pagos) nos festivais, sou suspeito pra falar (óbvio) +

@Emicida recomendo que as pessoas busquem se informar no próprio FDE e tirar suas conclusões a respeito, s/ se influenciar por nada além do que virem

@Emicida aliás, ta todo mundo falando de um monte de coisa que não faz idéia do que seja, Belo monte, "maconheiros" da usp, FDE... vamos nos informar
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Metalinguagem: reparem que interessante o papel do twitter nesse caso. Ele foi a grande mola propulsora deste saudável debate que se seguiu nos últimos 3 dias.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Post #07: Ideias Perigosas


Hoje, a timeline do twitter esteve movimentada para o nicho que acompanha as discussões culturais no país. Tudo começou quando o músico e produtor Daniel Ganjaman mandou uma mensagem de apoio ao Congresso Fora do Eixo, que fazia sua "onda" na internet divulgando o projeto, utilizando a hashtag #IdeiasPerigosas. O músico e apresentador China lançou um comentário irônico direcionado ao Ganjaman e a discussão esquentou. Por fim (não está mapeado aqui), mas China prometeu no mesmo Tweeter fazer um texto comentando o assunto. 



Conclua você mesmo.



@DanielGanjaman: Em dezembro acontece o Congresso Fora do Eixo em São Paulo, discutindo os rumos das atividades culturais no país. bit.ly/r9VxR3

@Chinaina: @DanielGanjaman congresso é da minha época de faculdade…..ninguém aprendia nada e só fazia o que não prestava….

@Danielganjaman: @chinaina Cara, resolvi q dentre todas as críticas que ouço por colar com os FDE, só vou considerar as de quem também faz algo a respeito.

@Chinaina: @Danielganjaman ainda bem que eu faço a minha parte ganja…sem precisar de dinheiro público e nem enrolar banda.

@DanielGanjaman: @chinaina Criticar e não fazer é fácil demais. Acho o papel dos FDE importante demais pra não estar junto fiscalizando.

@Chinaina: @Danielganjaman faço a minha parte por mim e pelos músicos…sem precisar cobrar fidelidade e nem pago em cubo card … hahahahahaha

@DanielGanjaman: @chinaina Mano, o buraco é bem mais embaixo. Vivo a vida toda pra ver isso que está acontecendo com a cena musical hoje.

@ChinaIna: @DanielGanjaman eu tb to na batalha a 15 anos…pra ver uma cena falsa…onde muitos não ganham e poucos metem a mão…no dinheiro público

@ChinaIna: @danielganjaman mas sei que você é um cara honesto e coerente...e talvez faça alguma diferença mesmo..ou não. como diria caê. hehehehehe

@DanielGanjaman: @chinaina Não vou perder a oportunidade de estar junto fazendo a diferença. Se algo tiver errado, serei o 1º a denunciar, mas de dentro.

@DanielGanjaman: @chinaina Cara, eu tenho acompanhado de perto e não vejo isso. Tenho algumas críticas sim, mas não quanto a idoneidade.

@DanielGanjaman: @chinaina Sempre ouvi um monte de merda dos FDE e resolvi ver de perto o q acontece. É isso que estou fazendo, e não estou nada arrependido.

@DanielGanjaman: @chinaina Eu, como você (uia!) faço isso a um bom tempo e sabemos como a cena independente progrediu. Sou a favor do debate. É importante.

@DanielGanjaman: Não vejo o FDE como um clube fechado como as pessoas costumam acusar. O debate é muito mais amplo, e na minha opinião, necessário.

@Chinaina: a parada que eu falei sobre congresso é piada, beleza? mas a parte dos questionamentos não. Acho estranho esse esquema...e vou sempre opinar

@DanielGanjaman: @chinaina Beleza, gato. Num pegue ar não, viu? O debate é importante.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Post #06: Sobre balas & lanches



No guia gastronômico-roots da cidade de São Carlos (SP), o Lual Lanches levou 4,5 estrelas (de 5). Pelo lanche de hambúrguer 4 Queijos. Muito recheio, tipo sem miséria. Os mais barbudos terão alguma dificuldade, lambuza bem. 


Neste mesmo dia, comprei o pacotinho de balas da velha, não porque gosto de balas, mas por caridade. Como não me gusta mucho (grudam no dente), faço agrados as pessoas. E sigo em frente, forte, com balas no bolso, na bolsa.


Metalinguagem: às vezes, é preciso diminuir a performance e os investimentos de tempo, justamente pela falta dele, como neste exemplar.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Post #05: Despertar




Não sabia se sonho, se realidade.
Acordei e olhei para o teto. Chovia. De noite, de dia. 


Pizzas. Depois da movimentação, vi sua face sutilmente avermelhada e senti aquele mesmo calor de outrora, latindo freneticamente no peito. Naquelas mesmas manchas vermelhas. Pulei de pára-quedas. E acordei de um sonho intranquilo.
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Metalinguagem: Um lembrete mental. Estou atrasado em um dia. Mas alterei a data pra te ludibriar.


domingo, 13 de novembro de 2011

Post #04: Sobre gatos e as mãos de deus



Disseram-me que estavam envenenando e desaparecendo com os gatos do meu primo. Ele cuidava de muitos gatos, uns oito, estava na bad. Cachorros também, mas em menor quantidade: dois. Por conta das perdas, estava à espreita, atento, tentando fotografar o assassino, levar a julgamento quem sabe.

Minha mãe também tem gatos: três. É mundialmente conhecida pela adesão aos gatos, as suas grandes e atuais companhias, há tempos. Por conta da fama, ocasionalmente algumas pessoas despejam filhotes de gatos no portão de mamãe. Ela cuida. Ontem, foram dois irmãos felinos, que não se desgrudavam. Podiam estar com medo. Acionou uma senhora-amiga que cuida de uma ong de animais, mas "não vai ser possível, estou mantendo já 300 gatos".

Mamãe então resolveu devolver na mesma moeda: colocou os filhotes na casa do primo, numa caixa. Censurei-a, isso não se faz: Você gostou que deixaram gatos no seu portão?

Mas, ela replicou, deixando-me sem palavras, com um sorriso de reflexão no canto da boca:

- Ele falou pra mim que deus sabe o que faz: tirou os gatos com uma mão e deu com a outra.
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Metalinguagem: Possivelmente os gatos apareçam por aqui novamente. Quem sabe com novos episódios da gang ou coletivo dos gatos negros.

sábado, 12 de novembro de 2011

Post #03: de anjo a papai noel



Dobrei a esquina e topei com o cidadão na outra esquina, descamisado, cheio de ginga, chinelo, ponta do cigarro, na sombra, sem norte. Assim que me viu, disparou. Apertei o passo. Calculava que cruzaria com ele no meio do quarteirão, meu destino. Se chegasse primeiro poderia escapar ao toque do gongo. Mas não deu tempo. Já estávamos frente-a-frente. Mantive a distância de segurança. Se vacilasse, acertava-o na capoeira.


- Cara dois-e-quarenta preciso voltar pra minha cidade deus te abeçõa eu to no perrengue sem maldade precisando faz a presa sem ofender o irmão só ida e volta não quero nada dois-e-quarenta ajuda to fudido com todo respeito.

Foi um desabafo descompassado e veloz. Ouvi calado, concordando, sacando a figura que falava acelerado, de olhos arregalados e a pele tensa. Saquei a carteira e puxei a nota mais baixa. Veio outra junto, de cinco. Ele arregalou o olho, por segundos senti medo de algo violento, entreguei-lhe o dinheiro. Segurou firme, amassou o papel, comprimindo na palma da mão com força, respirou fundo e metralhou de novo:


- é o meu presente de natal, você é um anjo - foi indo embora enquanto o cachorro latia - deus te abeçõe irmão e não tira essa barba porque é o meu presente de natal e você é o meu papai noel.
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Metalinguagem: O céu abençõe a todos vocês como me abençoou nesta madrugada que se passou acima. #Umpostpordia, veja o primeiro e saiba o que se trata.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Post #02: O novo do DJ Tudo


"Nos Quintais do Mundo" é o novo disco do DJ Tudo e Gente de Todo Lugar. O disco é resultado direto de um depoimento de Alfredo Bello, aca DJ Tudo: “A música brasileira é um dos mais variados e ricos universos culturais e sonoros da terra”.

Como não poderia ser diferente, o disco mescla um monte de ritmos dançantes, indo fundo portanto, na cultura (afro) brasileira, cheio de cantigas, folclores e etc, além de participações como Pedra Branca e Apollo 9. Vai suprir muita pickup de música (pra pular) brasileira. Outro ponto alto da carreira do músico e produtor, que aliás também produziu este álbum.

Peguei o discão lá no Hominis Canidae.
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Metalinguagem: Anteontem (10/11), lancei-me um desafio: até o fim do ano (exceto datas comemorativas) escrever um post por dia. Este vem com atraso e representa o segundo post, que era pra ter sido feito ontem.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Post #01: Os alquimistas do som



Nós poderíamos ter inventado os samples e as colagens com o Tom Zé. De certa maneira inventamos.
O doc aborda momentos históricos de experimentalismo da música brasileira. Além de imagens ótimas, como a banda do Tom Zé tocando com um serrote em plena década de 70.
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Metalinguagem: Hoje, embasbacado e inquieto, tornei a radicalizar o meu espaço online e decidi que até o fim do ano sigo com um post por dia. Sem desafios novos não há emoção e não há "xama" que dure. Como estou meio enferrujado, vale tudo: diário, música, palavra, uma foto, sempre com a proposta de trazer algo que permeia o cotidiano. Estarei à espreita, certamente com atrasos, porque de prioridades essa vida vive. Acompanhe em: #umpostpordia.